sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sopro de vida

Um lista de objectivos, durante a época de exames, exigiu de nós alguns compromissos.
Um dos itens riscados foi o de subir a Pedra da Gávea.
Quarta feira, depois de um curto dia de trabalho no atelier, mais uma vez mexendo na futura biblioteca do Complexo do Alemão, corri para casa para preparar a mochila que traria lá de cima preciosas imagens da cidade do Rio de Janeiro.
Um guia com dois amigos, uma Van até ao ponto de cota 0, umas boas pernas, água e uma boa dose de respiração eram essenciais à minha sobrevivência.
Em 15 minutos, mal conseguia entrar o oxigénio da Floresta da Tíjuca, mas pouco a pouco o metabolismo progrediu, mal se avistou a parede de escalada, tudo se recompôs... pé ante pé, pulando raízes centenárias e escorregando em formações calcárias, o mais desejado era chegar ao topo da pedra chanfrada, a 814m de altitude, que diariamente avistamos da Lagoa Rodrigo de Freitas e que ao longo de um ano foi desejada.
Já próximo do cume e com o sol a pôr-se sobre a serra da Vagem Grande (Barra da Tíjuca), a adrenalina cresceu ao ponto de fazer recuar e valorizar cada segundo em terra firme, sobre a horizontal... naquele momento qualquer brisa arrastaria o lado psicológico ao abismo... havia que acreditar e fazer valer a coragem e a força de querer superar mais e mais obstáculos.
E ai... sem mais nem menos, o Céu era nosso... era de que quem teve a audácia de arriscar e brincar com a sorte! Surpreendente!


segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sabedoria popular

"O Brasil é como a cachaça, uma droga a que você acostuma."
Tio Sam

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Recta final



RECTA, porque nos meus dicionários, mesmo depois de 11meses lidando com uma das grande degenerações do português e um acordo ortográfico revolucionário, continuo a reproduzir o que pelos demais precedentes me ensinaram. Mudanças fazem a história e esta não será excepção para muitos, mas garanto que será para mim.
Convivendo com quem me obrigue a escrever mal a minha língua, não consigo!
O tempo passa e de dia para dia se aproxima o regresso à terrinha.
A todos informo que no próximo dia 25 de Julho chego ao aeroporto de Lisboa, no voo TAP 179, ás 12horas e 40 minutos... arriscado, publicar... mas que se dane o risco... arriscar é aqui... e quem me desafiar estará em risco!

Agora, é hora de estudar e acabar tudo o que, neste lado do oceano, comecei...
Toca a preparar as cornetas, porque estou chegando!
Com um baú cheio de estórias para contar...
Quem sabe um dia não acabe por contar a de uma menina e a de uma favela?!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

As 3 Marias

"Em... Minas Gerais"

"Em... Petrópolis"

"Na... Biblioteca Nacional"

"Em... Ipanema"

" No... Sambinha do O da Graça, no Horto"

" No... Cristo Redentor"



segunda-feira, 16 de junho de 2008

P´ra lá de onde o sol nasce

"One stop now"

"Comparsas"

"Elas"

"Xaram"

" Aquelas fotografias de família"

"Potencial pousada"

"As namoradeiras"
Os dias começam cedo.

De há precisamente sete dia para cá, seis ou sete da manhã são boa hora para ouvir a apantufada mamã re-mexer alhos e bugalhos numa inquietação estonteante. Paulicha comparsa e amiga de p'ra lá de onde o sol nasce, aproveita só mais uns minutos e Vericha refila, resmunga e solta o mau feitio.

Já que... se acorda... toca a levantar e conferir todos os cantinhos da cidade.

Os últimos dias foram passados em Minas Gerais, território p'ra lá de onde o sol nasce e próximo do p'ra lá do nascer do sol e da história de um Império Barroco. Havia por xecar BH, São joão del Rei, Tiradentes e Ouro Preto e nada como um dia preenchido para se recolher toda e qualquer modernidade cultural avanços e recuos do "Pai nosso de cada dia".

Retornando... o programa carioquinha... praia, teatro, musica e caipirinha e... muito mais se segue, por mais seis dias.

sábado, 31 de maio de 2008

A maquilhagem sai / A cortina cai

Sabiam que a maquilhagem sai?
Não há risco que dure, blush que não mescle gola de camisa ou rimel que não cubra as pestanas, carregando as pálpebras com o peso do disfarce.
Mesmo Chanel...
Duração, não vem na embalagem do produto... vem na prespicácia do olhar mais atento!
Como em qualquer peça teatral, bailado ou aparição... Não passa de um mundo de ILUSÃO.
A qualquer momento a cortina cai. E ai?
Sem protecção... Há que costurar uma nova fantasia! Há que voltar a entrar no ciclo, voltar a representar sem parar, para se escapar a todos os olhares e não desiludir todos os que não vivem num mundo de ILUSÃO!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Tratados da Terra e da Gente




Fernão Cardim foi um missionário jesúita português do século XVI, que na rota de Pedro Álvares Cabral, viajou... originando diversos manuscritos, com informações sobre a vida da Colónia, o índio e a natureza do Brasil.
Descreveu e reconheceu «...neste Brasil é já outro Portugal».
Velhos tempos...
Hoje, uma infinidade de características separam, se assim o analisarmos, um Portugal formal de um Brasil informal. A diferença entre o legal e o ilegal.
A mesma raiz com degenerações... um tradicional, outro multi-cultural.
Falando de Terra e de Gente há que combinar a informalidade! De relações e de espaço!
Acrescentam-se dados á problemática social vivida no Brasil, reflectidos no espaço fisíco.
Segundo Pimenta em 1926 (num estudo médico sobre a cidade), o Rio de Janeiro nos anos vinte, vivia e sentia-se a discriminação social em favelas, pois eram vistas como “amontoados de imundices e podridões…”, conferindo à favela o carácter de lugar que nada tem.
Mais tarde, apartir da década de 40, sente-se a mudança de mentalidades.
Num espaço de setenta anos revela-se uma maturação de reflexões, que gradualmente se fizeram sentir sem nunca se definir se a favela seria realmente uma “cidade à parte”, discutindo a sua integração.
Na década de setenta, Perlman, lança a “teoria da marginalidade urbana”, como uma tentativa de reconhecimento das diferenças e semelhanças entre favelas e bairros como uma afirmação de "Poder".
Hoje em dia uma série de termos completam um vocabulário alusivo a favelas, prestigiando as favelas com a expressão “gueto” numa descrição de “exclusão social” e “nova marginalidade”, ou Comunidade numa atitude de aceitação, compreensão, conivência e cooperação, porque qualquer termo remete para a criação de mitos relativamente a este fragmento de cidade.
Contudo, há esforços comuns que reunidos formulam propostas como o programa "Favela-Bairro" (comparticipado pela Prefeitura do Estado do Rio de Janeiro) em locais onde se anseia uma libertação, apelando a garantias de qualidade de vida das populações os ocupam.
Será que o "Favela-Bairro" em curso há 12 anos, concretiza os seus objectivos?
Será possível, neste cenário, o planeamento urbano, como solução?
Questiono-me sem obter respostas concretas, mas depois de conhecer de perto a Comunidade Fernão Capim, acredito em mutação. Quer concorde ou discorde, apontando consequências benéficas ou maléficas do programa, em Fernão Capim o "Favela-Bairro" não é um mero exemplar, Fernão Capim marca a diferença.
Os meus últimos pareceres resultam de um olhar atento, de 10 meses.
Revendo-me no missionário que dá nome a uma das comunidades da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, concordo em muito com a familiaridade que sinto neste país, convivendo com esta gente... e não deixo de ressaltar a dinâmica em falta na minha origem e a previabilidade de situações que organizam toda uma sociedade, que como Alberto Caeiro, vê no "Fado a criação de uma dor para curar outra dor", eu vejo como uma necessidade de um re-design de mentalidades.

sábado, 17 de maio de 2008

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Caetano cantou


Ontem...

Caetano ensaiou, sambou, gesticulou... cantou e encantou com informalidade uma plateia estrelada no Vivo Rio, apresentando e arrancando com um novo trabalho.

"Em seu novo show, “Obra em progresso”, Caetano se propõe a abrir para o público parte do processo que resulta em um novo CD. Ou seja, ele inverte o curso usual de um lançamento, segundo o qual o artista grava um CD e depois apresenta o show para divulgá-lo. Ao lado da banda batizada de “Cê” __ naturalmente a mesma que o acompanhou no último trabalho __ Caetano volta aos palcos para cantar alguns dos grandes sucessos de sua carreira, músicas de “Cê” e também canções inéditas, que acaba de compor. Não há, contudo, um set list fechado para todas as apresentações. O repertório será variável, renovando-se a cada semana. A idéia é ver o show amadurecer diante do público, de modo que, ao fim da temporada, se chegue a uma seleção de onde serão extraídas as músicas para um novo CD."
Retirado do seu web-site oficial http://www.caetanoveloso.com.br/index.php

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Parabéns Mike


A um dos meus mais crescidos priminhos...
Desejo um feliz aniversário, muitas felicidades e muitos anos de vida!
Há nove anos atrás fui ao hospital buscar esta pequena criança e apresentar-lhe toda a familia.
Passado todo este tempo... orgulho-me do futuro adolescente, que não vive se livros, sem as melhores saidas de sempre e que se revelou um Az no piano!
Com muitas saudades... e por não organizar mais uma das suas festinhas... enchi uma folha de convites, prontinho a imprimir e distribuir pelos mais aventureiros amigos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Turn on/off the light

Regressei...
Com fé, com força, com garra para continuar.
Mais um capitulo a editar.
Em momentos de transição... surgem medos!
Nesta corda bamba entre os revivalismos e sabor dos dias, apagam-se/ acendem-se, como flashs toda e qualquer memoria de saudade!
Volto a mim...

sábado, 29 de março de 2008

Som do meu silêncio

"Alegria
Era o que faltava em mim
Uma esperança vaga
Eu já encontrei
Pelos carinhos que me faz
Me deixa em paz
Não te quero ver
Para nunca mais
Eu sei
Que teus beijos e abraços
Tudo isso não passa
De pura hipocrisia
Já que tu não és sincera
Eu vou te abandonar
Um dia"
by Cartola


O meu silêncio tem som... o som desta música, a letra deste poema, que me acompanhou toda a viagem e que sempre me acompanhará, enquanto por ai andar...
O meu silêncio tem som de folia... ALEGRIA!

segunda-feira, 10 de março de 2008

4 dias / 4 noites

Os proximos dias vou passar num antigo navio carregueiro, que hoje transformado em barco de transporte de passageiros ate ao sul da patagonia Chilena, preenche viagens e rotula-se uma das imperdiveis viagem numa vida.
Uma viagem de 4 dias / 4 noites ate ao ponto mais a sul do continente americano.
Entre o continente e as pequenas ilhas espanhadas pelo Pacifico, flutuaremos. Avistaremos pinguins, icebergs e arvores milenares.
DESBRAVAREMOS O SUL!
Beijinhos muitos e em cinco dias terao noticias geladas

domingo, 9 de março de 2008

Poisos

Ja la vai soa a... passagem, a passado, a irremediavel...
Neste caso.. ja la vai um mes de viagem! Esta quase a terminar... ja estou a chegar ao estremo sul desta latina America.
Nao da "argentina a california", mas de Lima a Puerto Natalles.
Uma grande viagem.

Talvez nunca mais aqui volte.. ou volte.. quem sabe?!
Eu sei de mim
Sei do sucedido, nao do que se sucede...
Sabem de mim?
Nao
Sabem de mais alguem?
Nao
Se ne eu sei, como saberei?!

Rodando o filme desde o inicio posso lembrar cada poiso.
Peru
Lima... capital, calma, colorida, num deserto com cheiro a mar Pacifico...
Cusco...Olleteitambo... Machu Pichu... embalada e conservada pela historia de Pachamama...
Puno... titikakikamente flutoando em aguas do misterio...
Arequipa... branca de vulcao, profunda no seu cañon...
Bolivia
Copacabana... com lago, no lago, cruza agua pra ligar a ilha iluminada...
La Paz... envolvida no vale, de chao de lua e de montanha com neve, reluz quando escuresse...
Potosi... em tempos a maior cidade do mundo, hoje protesta...
Uyuni... mais que uma cidade, um deserto cheio, rico de paisagem...
Chile
Atacama... seca, quente de terra vermelha, plana com cegos lagos insumergiveis...
Viña del Mar e Valparaiso... charmosa, do Pacifico se avistam os chalets, o casino e os cerros...
Santiago... rastejante, verdejante e caseira
Argentina
Mendoza... vinho e vinha, vinho e vinha... festeja a vindima
Bariloche... lago, serra, neve, esqui, com calor de chocolate, madeira ou alpes...

AQUI!


quinta-feira, 6 de março de 2008

Santo Tiago ou Santiago





Cidade onde me encontro...

Santiago... Passei por Sao Pedro de Atacama, Viña del Mar e Valparaiso.
Hoje dormindo numa acolhedora casa de familia, nao tinha mais vontade de continuar a minha vida nomada, tudo o que mais me apetecia era estabilizar.
Carinhosamente um antigo coleguinha Chileno respondeu a um breve mail, mobilizando-se e mobilizando amigos, para a nossa recepcao. Levou-nos a passar um dia bem turistico, por cantos e recantos nem sempre movimentados por turistas.
Agora estamos provando um dos melhores nectares Chilenos, o Pisco Sour, com clara de ovo e tudo.
Mais tarde vamos a bailar en la Calle Pio Nono, para despues dormirmos en la paz dios.

Bejos e buenas notches

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Ultimas...







Familia... Amigos... Conhecidos e Desconhecidos...
Acabei de chegar a San Pedro de Atacama, no Chile.
Vim de uma inesquecivel viagem pelo salar do Uyuni, atravessando um deserto imenso.
Passei de um cemiterio de comboios, a um salar, construcoes em sal, artesanato em sal e um excesso de sal, uma ilha de gigantes catos plantada noi salar, para um deserto rochoso, com neve, lagunas de diferentes cores, arvores em pedra e aguasa termais.
Sempre na boa companhia de dois jovens garotos, amigos do amigo, do amigo, do mundo, encontrando portugueses e antigas companhias de viagem.
Uma grande reportagem que vai tardar a sair, pois mais uma vez o tempo nao e muito e sobre a pressao dos dinheiro mal vivo este momento de coneccao com o mundo.
1Beijinho a todos cheio de saudades

Apenas quero dizer que no passado dia 26, foram muitos aqueles amigos que receberam uma estranha chamada no telemovel, era eu... a tentar matar as minhas saudades e gastar os meus ultimos bolivianos.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Chacaltaya Tour


Que dia! Em sete meses de calor intenso, mal sabia o que era frio a serio...
Subi ate aos 5300m de altitude, nevava muito e se nao fossem as minhas mega botas, nem sei como tinha sobrevivido...

*continua

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O presepio encantado

Ontem falei-vos do persepio avistado, na chegada a La Paz.
Hoje percebi que nao sevo sera unica a ver nesta cidade um presepio e que qualquer imagem divina e mais que respeitada, e muito representada.
As igrejas apenas vivem da arquitectura, poucos adornos a tornam calorosa, mas por si, o espaco vive da sua simplicidade. Talvez Espanhois safados tenham levado um pouco da hostoria destas gentes, tavez seja mesmo assim.
Para compensar sao muitas as figurinhas vendidas pelas ruas e de todas vistas, as que mais me encantam sao os presepios. Ja comprei dois, um em Lima, outro aqui, neste mesmo presepio. Sei que todos em casa gostam, mais um nunca e de mais, a juntar aos existentes, talves no proximo natal se possa organizar uma exposicao a pequena coleccao.
Sera que ainda vou encontar o Sao jose e a doce Maria com o seu menino? Neste cenario?
Caminhando nas entre-calles das bruxas encontrei uma loja de camisolas de la. Encantei-me! Uma designer Japonesa, fixou-se em La Paz e abriu uma grande oficina. Com mao Boliviana despiu alpacas e agora veste gente. Vejam http://www.yumikosuzuki.com/.
Sabem...?! Conto-vos sempre o melhor e o pior de cada dia. Hoje nao posso deixar de falar nas terriveis colicas que me assombraram o dia, talves um cha de coca com agua mal fervida, ou sabe Deus o que!
Amanha estarei melhor e poderei bater mais perna ainda...
Por Chacaltaya e pelo Valle de la Luna, nos arredores de La Paz, uma montanha nevada.
Apanharei frio, mas vai valer o esforco!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Navegar

Nos ultimos dias tudo o que mais fiz foi navegar, por desertos, por urbes e pela minha imaginacao.
Andar muitas horas de autocarro leva-me... Muitas das vezes nem musica quero ouvir, tenho mais e mais vontade de navegar!
Os ultimos dias teem sido intensos, noites mal dormidas e muitas viagens. So de Ontem para hoje percorremos Arequipa-Puno-Copacabana-La Paz, o que quer dizer que em vinte e quatro horas mudanos so Peru para a Bolivia. Hoje terei uma merecida noite!
Se nao tivessemos passado uma fronteira, com uma serie de borocracias... Nem dava pela diferenca, ambos partilham o Lago Titicaca, o artesanato as gentes e a lingua.
Visitei a Isla del Sol, uma das misteriosas ilhas do Lago. Com trajes diferentes e mais uma vez a viver do excecivo turismo, mal assumido, onde criancas brincam e vendem pequenos recuerdos... dando-lhes uma moeda, ja nem sorriem... que raio de felicidade!
A ultima viagem Copacabana-La Paz, foi das mais atribuladas. O cansasso era mais que muito e apesar das pessimas condicoes (bancos irreclinaveis, o odor mais tipico, a musica local e as Cholitas entre bancos), tive direito ao meu espaco e senti-me mais aconchegada que nunca.
A certa altura entramos num grande vale, bem iluminado, onde as diferentes cores de luzinhas e as diferentes intensidades lembravam um extenso presepio... estavamos a chegar a La Paz (capital da Bolivia), terra pobre, mas sugenstiva.
Ainda ha muito para contar!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

De viagem...








Depois do incrivel Machu Pichu, seguimos directamente para Cusco, onde apanhariamos um ônibus em direcçao a Arequipa (onde agora me encontro).
Mais uma vez, como em muitas em viagem planeadas em cima do joelho e com muita aventura à mistura fomos complectamente enganadasem relacçao ao horário dos ônibus em direcçao à cidade onde me encontro, o que nos levou a passar uma noite num bus social, onde o que mais haviam era crianças, uma vez que nao pagam e onde nao estivemos nas melhores condiçoes. Iamos para Puno na espectativa de ainda chegar a Arequipa na manha seguinte, mas mais uma vez, uma alteraçao de planos me levou a conhecer as ilhas Flutuantes de Uros.
Ilhas que formam as conhecidas e arcaicas palafitas no Lago Titikaka.
Aqui vos deixo um gostinho à deliciosa truta que com os Ururos comi, das musicas que ouvi e do cheiro ao vime das engenhosas construcçoes.

Ao meu adorado primo Miguel,Mike ou Tico



Sei que muito ansioso estas...
Tudo que mais queres sao as fotografias de Machu Pichu e uma exotica historia Inka!
Aqui vao as fotografias..A historia fica para mais tarde, a vera nao temmuito tempo agora para escrever.
1 Beijinho cheio de saudades a todos (famila)

Ao meu adorado primo Mike,

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Valle Sagrado de los Inkas

Muitos foram os povoados deixados pelos Inkas.
Hoje acordamos cedinho, com o nascer do sol e descemos a colina em direcçao à estaçao de comboios, para comprarmos o ticket de comboio para machu Pichu, pois a unica forma de chegar à cidade perdida é neste caroe famoso Comboio.
Pela manha, partimos da tradicional Cusco em direcçao ao Valle Sagrado, visitando mais e mais ruinas Inkas.
Pisac e Ollantaytambo, uma pequena aldeia de serra onde nos encontramos, uma das mais preservadas e mais típicas. Hoje dormimos por aqui e amanha por volta das 5h da manha, apanhamos o comboio para Aguas Calientes, o povoado de Machu Pichu.
Com mais tempo e mais conhecimento explicarei como funcianam as cidades Inkas e os seus metodos de organizaçao.

Alpaca

Nunca vi tantas alpacas como hoje...
Comecamos o dia por aqui... bem pertinho do hostel comecamos por nos divertir em frente a duas mega camaras fotograficas. As escadinhas da nossa rua pareciam o cenario perfeito.
Conseguimos o contraste ideal, verdao, vermelhao e azulao, como pano de fundo fachadas brancas e um vai e vem de gente de pele gasta pelo sol e de vestes focloricas.
O nosso objectivo principal, hoje, era conhecer melhor a cidade de Cusco e entrar na mentalidade Inka.
Num tour pouco tradicional conhecemos os varios templos Inkas da cidade e arredores, terminando numa oficina de las, onde nos deram a conhecer o que maioritariamente compravamos nos mercados, uma vez que muitas vezes nos dizem que isto e aquilo e alpaca e nos como meros turistas, perto de gente da montanha, apenas podemos acenar com a cabeca, num concentimento afirmativo.
Apartir de hoje saberei distinguir...
O dia Alpaca, porque? Porque, nao so aprendi a distinguir a verdadeira alpaca das fibras cinteticas, como tambem porque foi o primeiro de muitos dias com muitas alpacas ao vivo e a cores.
Amanha haverao mais alpacas, mais templos e mais retiros...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Andarina






Olhem bem para as vossas maos...
Conhecem-nas!... Tao bem, como eu as minhas... assim como eu tenho a sensacao que conheci os Andes.
No passado/presente dia passei vinte e duas horas e meia enfiada num autocarro que andava a vinte/hora.
Pouco dormi! Nao pelo desconforto, mas mais uma vez por ansiedade e por querer usufruir do meu momento. Ouvi umas 8 vezes todas as musicas do meu MP3, vi todos os filmes que passaram no ecra e o tempo nao passava... Era so mais uma hora hora e meia, era so mais uma hora... mais meia... e nada!
Por fim chegamos a Cusco...
Senti que valeu o esforco, mal pisei a entrada do Loki Hostel, uma antigo mosteiro, mal me assumei a janela e avistei o manto de casario que se estende ao longo do Valle Sagrado... o ceu e a terra encaixavam!
Amanha e dia de fazer um city tour e aprofundar a questao Inka.
Durmam bem... que quando o sol nascer havera novas historias... em Quechua!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Da inkacola, ao cevichi ou as empanadas





Aterrei em Lima na noite passada.
Apanhei um taxi em direccao a pousada recondada pelo guia, estranhamente ja nao existia.

(Em construcao...continuo mais tarde... esta um argentino a reivindicar minutos de internet)
Continuando...

Sorte a nossa que mesmo ao lado existia um hostel para mochileiros.

Nao tendo troco o taxista, mal chegamos, pedimos logo que nos trocassem dinheiro. Uma menina simpatica resolveu o problema e ainda nos deu um quarto exclusivo ( pois era uma cabana de madeira no quintal) para duas pessoas, camas grandes e colchoes rijos, coisa onde ha muito nao experimentava, soube bem!

Pela manha desayunamos um te e um pao com mantequilla, na companhia de um brasileiro, que no dia anterior virou lagosta na praia em Miraflores.

Em seguida partimos num colectivo para o centro da cidade, o onibus parecia ter saido de um filme da segunda guerra mundial, mas bem mais enfeitado, com um pequeno santuario e uma grande imagem divina, em suma, um rico primeiro contacto com os locais.

Bajamos na Plaza de Armas de Lima e estranhamente comecamos a ser perseguidas por assubios e piropos desmedidos, seria pela nossa pele branca e cabelo claro?!

Entoavam buzinas e piropos, taxis e pessoas em ruas limpas e coloridas, mas aos meus olhos a abstinencia de limpidez era tao grande que o sfumato se acentuava, nem o sol o impedia de dizer que estavamos numa zona seca e arida. Como pano de fundo via-se um monte com uma grande cruz e o desenho do simbolo da nacao.

Caminhamos, entramos no mosteiro de Sao Francisco, visitamos as catacumbas, vimos cadaveres e muito mais, mas sempre com a maldita mancha cinza a perturbar a visao.
Lima julga-se perigosa, nao o senti!
Passamos por uma pequena feira nos jardins da universidade... um corandeiro gritava palavras de fe e de ordem, levando injenuos a pagar por uma consulta que prometia descrever o passado, presente e futuro. Sera possivel?
Deambulando, ansiavamos ver o mercado municipal. Que frutas comeriam? Perguntavamo-nos... Sim, a variedade era reduzida.

Ainda deu para visitar o bairro Chines e pelo caminho provamos a inkacola (bebida tipica, engarrafada, com sabor a gelatina, de cor amarelada e gazeficada), as empanadas de pollo (com o chilli e sumo de limao), o cevichi (prato tipico de peixe em vinagrete de limao, com cebola e batatas cozidas com um molho inidentificavel), sabores que nao vou esquecer e que ate agora guardo na boca.
Por fim voltamos a Miraflores, para descansar na nossa acolhedora casa, o hostel.
Amanha, pela manha vou provar o Pacifico e mais tarde apanho o autocarro, que passa por Nasca (zona onde misteriosamente apareceram desenhos geometricos em plantacoes, de tamanho incalculavel), e que me levara a Cuzco, a cidade mais perto de Machu Pichu.

Dentro de dois dias poderei voltar a dar noticias e a contar aventuras.

Com Saudades...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Perto das nuvens...

Depois de uma atribulada semana de Carnaval, chegou a hora da tao esperada viagem...
Esta manha parti do Rio em direccao a Lima, com a minha comparsa Marta.
Com poucas horas de sono enfrentei uma longa viagem de aviao, fazendo escala em Buenos Aires.
De tao apardaladas que estavamos, faltando uma noite de sono bem dormida, cometemos uma das maiores patetisses de sempre; passamos a alfanega, o que nos obrigou a voltar a embarcar e a pagar uma descabida taxa. Todo este processo valeu uam reclamacao a companhia aerea.
Pensavam que ficavam a rir?!! Nanainnanao...
A viagem foi longa, ja nao tinha posicao possivel e a inquietacao de conhecer mais e mais, era tao grande que pouco dormi. Li o meu guia do viajante por complecto, no que respeita ao Peru e a Lima e foi o suficiente para me entreter ate avistar a cidade reluzente que eu planava.
Ja escuro identifiquei o Pacifico que se distinguia de todas as luzinhas que mais pareciam alfinetes a desenhar a costa e a entar por terra a dentro, com ritmo e regularidade, ou nao fosse Lima mais uma das cidades de malha ortogonal da America Latina.
Pousando, segui os concelhos do guia e apanhei um taxi ate Miraflores, um dos melhores bairros da cidade.
Amanha espera-me um dia bem citadino. Fico mais uma noite por Lima, para dia 11 seguir viagem para Cusco.

Continuem aguradando noticias!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Sábado das campeãs

Noites como a de hoje não temos muitas na vida...
Adivinhem de onde acabei de chegar...!?

As seis vencedoras desfilaram e eu estive lá!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Carnaval de samba, festa e fantasia

CIDADE MARAVILHOSA

"Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n’alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente
Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz"
( André Filho 1934)
"Bahia é luz
De poeta ao luar
Misticismo de um povo
Salve todos orixás
Quem me mandou
Estrelas de lá
Foi são salvador
Pra noite brilhar
Mangueira!
Jogando flores pelo mar
Se encantou com a musa
Que a bahia dá
Obá berimbau ganzá
Ô capoeira bis
Joga um verso pra iaiá
Caetano e gil ô
Com a tropicália no olhar
Doces bárbaros ensinando
A brisa a bailar
A meiguice de uma voz
Uma cançãoNo teatro leão
Bethânia explode coração
Domingo no parque amor
Alegria alegria eu vou
A flor na festa do interior
Seu nome é gal
Aplausos ao cancioneiro
É carnaval é rio de janeiro
Me leva que eu vou
Sonho meu bis
Atras da verde-e-rosa
Só não vai quem já morreu"
(Mangueira 1994)
AURORA
"Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora"
(Mário Lago-Roberto Roberti, 1940)
CACHAÇA
"Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça"
(Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
A JARDINEIRA
"Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu"
(Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938)
MAMÃE EU QUERO
"Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira e vem entrá pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal"
(Jararaca-Vicente Paiva, 1936)
ME DÁ UM DINHEIRO AÍ
"Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!
Não vai dar? Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!"
(Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)
SASSARICANDO
"Sassassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sassassaricando
A viúva o brotinho e a madame
O velho na porta da Colombo
É um assombro
Sassaricando
Quem não tem seu sassarico
Sassarica mesmo só
Porque sem sassaricar
Essa vida é um nó"
(Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães, 1951)
Espero que agora possam sentir um pouco do ritmo vivido nos ultimos dias, em cada um dos bloquinhos de rua por onde passamos.
Muito carnaval, muito samba... por de mais!
Que um dia também possam viver este carnaval... Voltar ao Rio neste periodo é um ponto assente!