Domingo...
Dia do Senhor, dia Santo!
O Rio de Janeiro transforma-se... Ipanema e principalmente a Avenida Vieira Souto, junto ao calçadão, começa assistir ao habitual fenómeno da densificação.
Estranhamente menos automóveis, mas mais bicicletas, skates, patins, patinetes, ténis e muitos outros meios de transporte alternativos.
Diferentes "habitus" encontram-se, confrontando gostos e estilos de vida.
Aquilo a que já me acostumei de facto tem muito por analisar.
A praia enche ao ponto de não existir espaço para estender o páreo, e num amontoado de gente, de cores, de cheiros (ou do espetinho, ou do queijo coalho, ou do sucolé, ou do picolé, ou até mesmo do mate), de sons (ou do vendedor de abacaxi, que assusta todas as meninas com gritos inesperados, ou do Sr. da mousse, que grita: "Não sou eu quem diz é o povo quem fala… o seu muuusse é o melhóoo!")
E pensar que muitas das caras presentes nesta área são trabalhadores, e que como algumas das minhas amigas, passam uma semana ansiosas por sol, água salgada, reencontrar os amigos e viver esta cor, estes cheiros , estes sons e estas imagens. São muitos os dependentes destas tendencias irreversíveis no "País tropical".
Dia do Senhor, dia Santo!
O Rio de Janeiro transforma-se... Ipanema e principalmente a Avenida Vieira Souto, junto ao calçadão, começa assistir ao habitual fenómeno da densificação.
Estranhamente menos automóveis, mas mais bicicletas, skates, patins, patinetes, ténis e muitos outros meios de transporte alternativos.
Diferentes "habitus" encontram-se, confrontando gostos e estilos de vida.
Aquilo a que já me acostumei de facto tem muito por analisar.
A praia enche ao ponto de não existir espaço para estender o páreo, e num amontoado de gente, de cores, de cheiros (ou do espetinho, ou do queijo coalho, ou do sucolé, ou do picolé, ou até mesmo do mate), de sons (ou do vendedor de abacaxi, que assusta todas as meninas com gritos inesperados, ou do Sr. da mousse, que grita: "Não sou eu quem diz é o povo quem fala… o seu muuusse é o melhóoo!")
E pensar que muitas das caras presentes nesta área são trabalhadores, e que como algumas das minhas amigas, passam uma semana ansiosas por sol, água salgada, reencontrar os amigos e viver esta cor, estes cheiros , estes sons e estas imagens. São muitos os dependentes destas tendencias irreversíveis no "País tropical".
A rotina domingueira passa por acordar, calçar uns tenís e ir até ao calçadão passear, correr, ou como eu mais gosto, andar numa velha bicicleta...parar para beber uma água-de-côco e mais tarde mergulhar no mar de gente do posto 9, junto à barraquinha do Coqueirão.
Dar muitos mergulhos e sentir o sal....(mais para portugueses que para brasileiros).
As garotas espalham-se pela beira mar e grupos masculinos jogam voleiball nas redes do areal, mais perto do calçadão.
As garotas alocam cadeiras de praia, quase espreguiçadeiras e os garotos sentam-se directamente no chão que pisam, a areia.
Ao fim da tarde é sempre bom passar na feirinha hippie da Praça General Osório (onde todos os dias apanho a van que me leva à faculdade, mas que ao domingo é invadida por artesãos). Encontram-se coisas fantásticas na feirinha, desde uns peões artesanais, mas bem sofisticados, aos mais diversos pintores, à senhora que vende uns lindos chapéus em diferentes padrões em sarja ou até à família baiana que vende doçaria tradicional (como o Quindim).
Ao anoitecer regressa-se a casa e para complementar o dia vai-se à casa rosa, comer uma das melhores feijoadas brasileiras da cidade (com uma farofa bem crocante) e dançar um sambinha ou um forró.
São dias preenchidos... de gente.. de cor.. de sons... de cheiros.. de imagens.. de diferenças... e também de gostos comuns.
Cariocas e Portugueses vivendo a mesma cidade são assim!