Trago dentro do meu coração,
Como um cofre que não se consegue fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que via através de janelas e vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.
Álvaro de Campos
Passagem das horas, 1916
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